domingo, 13 de fevereiro de 2011
NEFELIBATAS
Para aqueles que vivem nas nuvens
Enxergar e ver. Dois verbos que definem um de nossos cinco sentidos, o da visão. Talvez o mais importante dos sentidos no mundo atual onde vivemos em função da imagem. Enxergar é mais importante que ver, embora a maioria das pessoas não perceba esta sutil diferença. Enxergar define a capacidade humana sensível de entrever, de pressentir, de adivinhar, de sentir emoções por meio da visão. Ver é mais fácil, está mais ligado justamente a esse mundo de imagens rápidas, fugazes, excessivas que bastam apenas serem vistas de forma também rápida e que, não necessariamente precisam ser apreendidas pela visão ou decodificadas por nossa capacidade de percepção, quero dizer, enxergar.
Ao pensar um texto para a apresentação desta exposição, fiquei em dúvida o que poderia abordar. Decidi então, falar sobre a questão da sensibilidade, particularmente a sensibilidade do olhar e as várias formas de enxergar. Enxergar através do amor, enxergar através da pele, enxergar através das palavras, enxergar através do cheiro, do tato, do paladar até mesmo, obviamente, da própria visão.
Não basta ser cego para não enxergar. Não enxerga quem não quer se der ao trabalho de enxergar. Enxergar é um sentido que requer o exercício do sensível. De se sensibilizar particularmente pelas coisas simples da vida. O simples pode ser um quase nada. Não é uma tarefa fácil ver no quase nada algo sensível ou lhe dar algum sentido.
Vídeo recomendado: JANELA DA ALMA
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